sábado, 29 de agosto de 2009

A minha versão da menina dos sapatos vermelhos

Técnica desenho
Materiais lápis de aguarela
Dimensões 21cm x 29,7cm

2009
MI 08/09



Nesta nova versão do conto de Hans Christian Andersen, intitulado A menina dos sapatos vermelhos, o meu principal objectivo foi explorar as qualidades da linha. Ou seja, a descoberta de novas linguagens que atribuíssem à história um carácter próprio e diferente daquilo que tenho vindo a realizar. Assim, explorei o modo como várias linhas sobrepostas acabam por gerar o efeito da mancha e como a indicação de espaço pode ser criada com a simples colocação de uma linha de horizonte, na qual assentam as personagens. No caso da protagonista, a pequena menina, os seus pés só se inserem na linha do chão, quando esta não se encontra com os sapatos vermelhos calçados. Deste modo pretendia dar um maior ênfase ao efeito avassalador que estes pequenos sapatinhos provocam na rapariga a partir do momento em que ela os calça. Ou seja, de modo a criar a ideia que a menina se encontra a dançar de forma realmente descontrolada e contra a sua vontade, os seus pés só tocam ao de leve na linha do chão. As restantes personagens encontram-se de tal modo em contacto com a linha do chão que parecem erguer-se da mesma, como se brotassem do chão.
Aqui apresento apenas alguns dos momentos cruciais da história.



A menina faz um par de sapatos a partir de alguns remendos.



Após calçar os sapatos a menina perde o controlo das suas pernas e dança desenfreadamente, chegando mesmo a atingir a velhota com uns valentes pontapés.



A menina observa avidamente os sapatos que foram guardados no cimo do armário.


A menina faz uma grande birra.



A menina dança por entre as árvores na floresta sombria.



Um anjo desce dos céus e avisa a menina que deve continuar a dançar, e servir de exemplo para todas as crianças que tal como ela, desobedecem aos adultos.


A menina vê-se obrigada a pedir ajuda ao lenhador da aldeia que, com o seu machado, lhe corta as pernas libertando-a da sua maldição.
No final a menina ganha um par de novas pernas feitas em madeira e aprende a não desobedecer aos adultos e a não ser tão vaidosa.






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